MEU REFLEXO
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Existem momentos na vida... Em que um imenso vazio faz-se sentir... E faz se sentir de modo brutal! Nesse momento é assim... Exatamente assim, que me sinto... Minha chama interior já quase morta, extinta pelo sopro da desesperança, a custo mantém me animada. De pé, meus olhos ressequidos, padece o martírio de ter que captar a imagem, no dilacerante exercício do ver.
A cabeça lateja atordoada, e os pensamentos desordenados tornam tudo ainda mais dramático e cruel...
O sol impiedoso cauterizando o mundo, não tira de mim a apocalíptica sensação de desgraça, um cheiro pestilento de medo, empreguina o ar e o universo estático, sem canção... é um lamento só. Uma eternidade de angustia!
É verão na chapada e tudo me é terrivelmente doloroso, a vida...? Um fardo...! A lida...? uma idiotice sem a menor justificativa...! Então porque continuar??? Não sei!!! Não há em mim razão para nada; continuar, parar, retroceder morrer, amar, sorrir, chorar, gritar, cantar, dialogar, monologar, não sei mesmo, nem o porquê de continuar meu relato...
... Mas, sigo! Ferido, chagado, na alma, no peito, nos olhos, nos ouvidos, na boca e no coração... Olho para o céu e ele está lá, profundo em profunda fumaça celeste... então porque sinto-o, aqui em cacos oxidados, exalando o pestilento odor...? Não sinto Deus ou o diabo, paz ou conflito...! só um desespero perene, sem gênese ou rumo... Do lado, dois jovem robusto, belos botões dessa contraditória flôr chamada, humanidade. Alheios ao cosmos, (ao meu ver e sentir) desafiam a fúria do tempo e ignoram e desprezam o cálice da razão...! Apenas seguem pavimentando meio palmo de chão, compactando a terra com um malho de concreto e cada socar é um golpe em meu coração sem alma...
Por outro ângulo sofro, a imagem terrível e não menos estúpida, de um xucro lavrador com toda sua simplicidade, se gastando com dois filhos ainda crianças sob o castigo do sol implacável, a reger uma desgraçante sinfonia de enxadas, a lavrar o solo seco e de horrível aspecto... Continuo olhando e interiormente sofro, sofro e choro a estúpida odisséia humana. Absorto em seu existir fugaz,segue o homem construindo reinos de areia e sonhos, reinos que são erguidos sobre os cadáveres dos entes que vão ficando a margem do caminho, castelos erigidos de tecidos humanos: peles, tripas, hímens, vaginas, penis, anus, pernas, bundas, sangue, suor, saliva, lágrimas... Assim nascem as cidades humans, as fortalezas sem segurança mínima... os cárceres do eu... mas, o que digo?! Acaso não comungo eu, de tudo isso?!?!?
Sim, sim, sim eu comungo! Eis a razão do meu padecer... Não sei eu, quem me terá amaldiçoado; Deus...? ou o demônio? ( se é que eles não são mais uma obra nossa!?) mas, perceber tudo isso tira-me o doce cálice da ingnorância comum... Então sou marginal de minha própria ingnorância...
Cantando para quem não quer e não sabe ouvir. Escrevendo para quem não quer e não sabe ler. Sonhando por quem não sonha e não quer sonhar. Chorando para quem não entende e não quer o pranto. Morrendo por quem não entende a morte e não quer morrer. Morrendo para saciar quem não entende a vida e faz da morte razão de ser. Morrendo com quem morre...! Quem morre literalmente e quem morre um pouquinho a cada instante, seja que tipo de morte for...! morrendo... e ressurgindo sempre e sempre num peregrinar surdo, mudo, cego e louco...
Sempre que sopra a brisa e a esperança ressurge, para renovar meu tormento... Caminho... Solitário nesse saco de tripas e tantos quês... Desprezível homenzinho... Que move e faz o mundo!!!
Existem momentos na vida... Em que um imenso vazio faz-se sentir... E faz se sentir de modo brutal! Nesse momento é assim... Exatamente assim, que me sinto... Minha chama interior já quase morta, extinta pelo sopro da desesperança, a custo mantém me animada. De pé, meus olhos ressequidos, padece o martírio de ter que captar a imagem, no dilacerante exercício do ver.
A cabeça lateja atordoada, e os pensamentos desordenados tornam tudo ainda mais dramático e cruel...
O sol impiedoso cauterizando o mundo, não tira de mim a apocalíptica sensação de desgraça, um cheiro pestilento de medo, empreguina o ar e o universo estático, sem canção... é um lamento só. Uma eternidade de angustia!
É verão na chapada e tudo me é terrivelmente doloroso, a vida...? Um fardo...! A lida...? uma idiotice sem a menor justificativa...! Então porque continuar??? Não sei!!! Não há em mim razão para nada; continuar, parar, retroceder morrer, amar, sorrir, chorar, gritar, cantar, dialogar, monologar, não sei mesmo, nem o porquê de continuar meu relato...
... Mas, sigo! Ferido, chagado, na alma, no peito, nos olhos, nos ouvidos, na boca e no coração... Olho para o céu e ele está lá, profundo em profunda fumaça celeste... então porque sinto-o, aqui em cacos oxidados, exalando o pestilento odor...? Não sinto Deus ou o diabo, paz ou conflito...! só um desespero perene, sem gênese ou rumo... Do lado, dois jovem robusto, belos botões dessa contraditória flôr chamada, humanidade. Alheios ao cosmos, (ao meu ver e sentir) desafiam a fúria do tempo e ignoram e desprezam o cálice da razão...! Apenas seguem pavimentando meio palmo de chão, compactando a terra com um malho de concreto e cada socar é um golpe em meu coração sem alma...
Por outro ângulo sofro, a imagem terrível e não menos estúpida, de um xucro lavrador com toda sua simplicidade, se gastando com dois filhos ainda crianças sob o castigo do sol implacável, a reger uma desgraçante sinfonia de enxadas, a lavrar o solo seco e de horrível aspecto... Continuo olhando e interiormente sofro, sofro e choro a estúpida odisséia humana. Absorto em seu existir fugaz,segue o homem construindo reinos de areia e sonhos, reinos que são erguidos sobre os cadáveres dos entes que vão ficando a margem do caminho, castelos erigidos de tecidos humanos: peles, tripas, hímens, vaginas, penis, anus, pernas, bundas, sangue, suor, saliva, lágrimas... Assim nascem as cidades humans, as fortalezas sem segurança mínima... os cárceres do eu... mas, o que digo?! Acaso não comungo eu, de tudo isso?!?!?
Sim, sim, sim eu comungo! Eis a razão do meu padecer... Não sei eu, quem me terá amaldiçoado; Deus...? ou o demônio? ( se é que eles não são mais uma obra nossa!?) mas, perceber tudo isso tira-me o doce cálice da ingnorância comum... Então sou marginal de minha própria ingnorância...
Cantando para quem não quer e não sabe ouvir. Escrevendo para quem não quer e não sabe ler. Sonhando por quem não sonha e não quer sonhar. Chorando para quem não entende e não quer o pranto. Morrendo por quem não entende a morte e não quer morrer. Morrendo para saciar quem não entende a vida e faz da morte razão de ser. Morrendo com quem morre...! Quem morre literalmente e quem morre um pouquinho a cada instante, seja que tipo de morte for...! morrendo... e ressurgindo sempre e sempre num peregrinar surdo, mudo, cego e louco...
Sempre que sopra a brisa e a esperança ressurge, para renovar meu tormento... Caminho... Solitário nesse saco de tripas e tantos quês... Desprezível homenzinho... Que move e faz o mundo!!!
nasce hoje um espaço para meu grito!!!! quem ousar ouvir-me ainda que discordando seja bem vindo!!!!
ResponderExcluirseu, meu, nosso reflexo, mais reflexo do homem quando se sente humano diante do deserto que forma em seu ser.
ResponderExcluirSeja vc bem vindo em mais um espaço das nossas vidas!
ResponderExcluirViva a arte de viver: na dor, no amor, viver o que Deus prepara pra nós e que nós preparamos pra Deus, quero ser o artista até o fim dos meus dias com tudo que sou, com toda minha alma...
Parabéns, vc é demais!!!