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CONTO: O DOUTOR, vidas que se cruzam.

Bom, tudo começou tão sorrateiramente, tão inusitadamente que até parece montagem literária! O dia era comum, sem qualquer pretensão de especialidade, aliás, muito pelo contrário, uma rotina tão comum que chegava a beira do enfadonhismo. Mas a viagem estava marcada era caso de saúde e não dava pra esperar, a agenda havia sido feita previamente e todos os detalhes do qual dependia a viagem estava dentro do limite da precaução e da providência, administrativamente elaborado, disposto, encaminhado. Bom, afinal Nina é uma acadêmica em reta final de graduação no curso de administração na UFG (Universidade Federal de Goiás)! Bem, pormenores e necessidades pessoais providenciadas documentos e demais assessórios em mãos o veiculo de transporte já colocado na frente da garagem e devidamente abastecido, aguardava apenas o desenrolar final para proceder à viagem até a cidade de formosa onde estava marcada a consulta. Chegaram por volta das nove da manhã, o estacionamento estava cheio, o que sinto

ELEITOR FICHA LIMPA

Eleições 2010 Vivemos numa democracia! Uma democracia de porcelana, democracia que custou muito caro à nossa brava gente, democracia que se fez de sonho, suor e sangue, de lágrimas, brados e tiros, de gente caindo no calor da batalha ou no caminho da vida, nas mais variadas das lidas, gente despertando e soerguendo-se a calcar posições e a dar sua participação no formatar dessa democracia. Uma democracia cara e frágil, frágil, tão frágil que ainda não dispõe de um nível de consciência que permita a nossa gente uma realidade mais justa e igualitária, inclusiva e diversa. Somos a democracia, dos direitos em construção e dos deveres impostos e sempre que possível, relegados. No entanto somos a melhor democracia que o capital pode comprar. Esse ano tem eleições “a festa da democracia” e o povo brasileiro ouve falar em candidatos ficha limpa, esse rumor que é brisa a anunciar uma nova estação excita os mais sonhadores que já convictos aguardam uma renovação política, uma reforma política, u

A BOCETA DE DONA FRANCISCA

Imbão! As vêiz eu me alembro duns cunticido de meus tempo de mulecote, que anté pego a rí d’eu memo. Ind’agorinha tava aculá de fuga, assuntano o gado rimueno, di coqui debaxo dum pé de barú erado que desde o tempo de vô Tôim qu’ele tá lá no memo lugázim. E o pensamento foi numa lunjura que credo im cruis! O causo cumeçô, foi o siguinti... A mochinha levou um supapo da maiada que chega tombô no meloso! Imbão, essa bestage de nada, feiz o pensamento ganhá o gerais e pequei o viagêro da mimória e conde vi tava lonnnnnge... Peguei a me alembrá d’eu mais cumpadi Afréu e um causo puxa ôtro e ansim me alembrei de dona Francisca do ribêrão. Muié que todo mundo gavava pela manêra dela levá a vida. Óia qu’ela era uma muié arrespeitada e memo véia cuma eu alembro dela, ela inda era um veiona prumada. Dona Francisca casô cum Mané Pinto e inviuvô cedo. Era o que o povo dessas bêra tudo contava. Diz que ela era moça pobre mais muito intiligente e trabaiadêra e o Mané se apaxonô pela moça e cabô cas

Democráticos

Nossa gente é o penhor De uma dívida sem igual Que nos faz ser escravos Em nossa terra natal A miséria e o sofrer Dominam o dia-a-dia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia? Já venderam nossa luta Nossos sonhos, nossos filhos E a nossa pátria amada É feita de maltrapilhos Mas tudo está indo bem Por isso o povo faz folia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia ? Mataram o pai dos pobres E o tacharam suicida E a vilã corrupção Desfila nas avenidas Agora matam os pobres Numa constante guerra fria Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia? Todo mundo se uniu Para lutar pelo povão Descobriram uma saída Com a globalização E pra torná-la “real” Eles lutam com euforia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia ? Com um texto decorado E o branco colarinho Dizem estar interessados E até usam de carinho Mas por trás da bela máscara É absurda a hipocrisia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da

O Ninho

Velho ninho que em outrora Servia de habitação Acolhendo os passarinhos Em busca de proteção Já foi visto e admirado Serviu de inspiração Hoje jaz adormecido Repousando neste chão. Suas glórias já passaram Hoje restam só saudades Mas a tinta e o pincel Lhe deram eternidade Não foi obra do acaso Ou tampouco do destino Foi João teu nobre irmão Artista, doce menino. O ipê ainda chora Sentindo saudade sua Solitário é consolado Pelo sol e pela lua Quem te viu não te esquece Quem não viu muito perdeu Que beleza, quanto encanto A natureza lhe deu.

CRONICA DO PENISDRIVE

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SEXUALIDADE VIRTUAL Imagens google Eu estava na rede e o vento soprava. A brisa arrepiava-me e nessa atmosfera de inverno percebi que você me olhava num flerte gigabytico. Meu sistema operacional entesou meu penisdrive e expôs virilmente sua glande metálica. Senti o odor virtual de suas entradas USBs, que excitadas convidavam-me a navegar por suas ondas, a cabo, sem fio, a satélite. Minha estrutura ainda fria em plena rede se animou com as possibilidades de um download e assim não pude me conter, deslizei por cada página de seu corpo, por documentos HTMLs e DOCXs, apreciei cada cantinho de seu corpo digital e lhe confesso... Ai meu Deus! Como fui feliz!!! Subtraíram-se os espaços, volatilizou-se o tempo, e em uma espécie de mágica fomos um... Cai na vida e me viciei em seus encantos em pouco tempo andava devasso flertando a todos numa androginia virtual amando de site em site a todos os seus andrógenos habitantes. Mas minha devassidão me custou caro! Hoje vejo meu dispositivo infectado

Fotografias Recortadas de Jornais e Folhas...

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