HAIMBAUNT Imagem coletada no banco de Imagens do Google. A Procura Ao longo de seu breve existir ele caminhou por entre os homens, em grande solidão e quietude, veiculando-se com modéstia e introspecção. Agia com naturalidade, herdeiro das tradições dos homens e filho da humanidade, em tudo era humano, contudo, algo o chamava a ser diferente, algo o chamava a ir além e esse chamado acabava por dar-lhe um matiz diferente da dos demais homens, dos quais era coevo. Ele procurava e havia aquela voz que o chamava. Era uma voz cotidianamente assonora e quando dormia, essa voz lá estava, sempre sem som, apenas uma voz intuída que, lhe dizia muitas coisas. As coisas que esta voz lhe dizia, eram quase sempre inefáveis, incognoscíveis, produziam nele um sentido, sustentavam nele a sua busca, mas estavam além de sua capacidade de cognição, sendo indecifráveis ao intelecto, muito embora, misteriosamente se amalgamassem em sua débil razão, produzindo lhe sentidos e mantendo-o em continua b...
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Todos os beijos de que preciso
Há muitas belezas no mundo, Resquícios do paraíso, Corpos, pele, olhos, lábios, Toque, cheiros e sorrisos. Há belezas joviais, Por vezes, mesmo pueris, Há belezas naturais, Agressivas e gentis, Há belezas artificiais, Fabricadas por ardis, Silicone, cirurgias, Mágicas de bisturis. Há belezas que arrebatam, E outras, leves e sutís, Porém, dentre todas elas, Sem equívoco ou medo eu digo, Foste tu beleza excelsa, Que sem afetaçães ou excessos, Com sua devoção confessa, E encantos desmedidos. Que venceu minhas Ilusões, Desnudou meu coração, E sem mais enrolações, Ofertou-se inteira à mim, Recebendo-me por inteiro, Sem notar risco ou perigo, E nesse caminho de amantes, Somos cúmplices e praticantes, Da arte sublime de amar... Assim, sei o que sou, Sob a luz do teu olhar, Que me erige todo inteiro, Sob o toque de tuas mãos, Tudo arde de paixão, No seu coração brejeiro, Eu sei bem do que preciso, E onde é que estão, Os beijos que nec...
Quando Caímos
Aquiete-se e tenha fé, por acaso, acredite nada é, Cada um é aquilo que é, vivendo conforme acredita, Cada um sofre as dores que na vida tem que viver, Suportando pela vida, o conjunto de suas desditas. Só quem sofre os tormentos e os espinhos das dores, Só quem suporta o peso que tem a sua pesada cruz, Sabe onde o sapato aperta, onde mora seus dissabores, Sente as trevas que insistentemente atenta contra sua luz. Por isso mesmo limite-se a amar e nunca se apresse em julgar, Se coloque no lugar do outro e tente suas dores entender, E verás que as vezes a loucura e a morte, nos parecem ser solução. E já cegos de medo e de dor, desistimos sem forças pra esperar, E então não suportando o fardo, sufocados de tanto sofrer, Desistimos de tudo e falidos caímos, suplicante pela compaixão.