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Porque Querem Me Convencer Que Eu Sou Mal

Ligo a Tv e o sangue inunda a sala! Me roubam a calma, me introjetam medo. Me roubam e, levam minha esperança e  consciência! A mídia mente, a mente míngua, o medo reina, o ódio cresce... O telejornal cara-de-pau, me cospe à cara em total escárnio, Telenovelas enchem a tela e se desenrolam tal qual novelos, E enleado vivo enredado,  sempre na rede, tvpc, pctv, Smartphone, Telefone, telefome, telesede, sempre em rede, faz-se livro, (facebook) para quem não sabe ler, Milhões de bites,  engessam a mente, e as sementes desse futuro que nunca vem, São uns sem mente, sempre se mentem, e quem se mete a perscrutar,  ai... Uai, ti zap, coringas e ases de copa, reinam nas mentes em mil mensagens Fotos, imagens, memes e post's que nos estragam no instagran, sem grandes coisas. Pego o jornal me sinto mal pois ele é replica é mesmo cópia do da tv e do pc, tá tudo igual... Tá tudo igual... Não há saída, estou sofrendo pena de vida, e, me pergunto se vale a pena? Será que o mundo e

Segunda feira

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Segunda-feira Ainda o domingo agoniza nos braços da madrugada Ela se aproxima sorrateira fingindo nada querer. Mais um pouco e não tem jeito ela te arranca do leito e te coloca na estrada Recomeçando a jornada, do ofício do sobreviver. Com seu traje de trabalho sempre pronta, desde as quatro da manhã. Coloca ordem na ressaca, na preguiça, no cansaço e disciplina cada um. Depois de acordar o sujeito, no horário já marcado, arranca ele do leito E o encaminha ao seu fado. Incólume às maledicências,  preguiças e más vontades, se impõe e segue firme o ritmo do calendário. Filha das horas é neta do tempo, não sendo a primogênita, logo não é a primeira, Mas também não é a última e nem mesmo a terceira, em ordem cronológica é ela a segunda feira. A doce mãe da rotina, rainha trabalhadeira, jamais muda seu status,  não dança fora do compasso não importa de que maneira. Se impondo ao primogênito domingo, é ela a usurpadora que abre sempre a semana, de forma desafiadora, enquanto
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ONDAS DE TRANSFORMAÇÃO A vida é um grande mar, Quiçá, imenso oceano, Onde singra-se sem trégua, No barco corpo humano. De ondas sempre diversas, Hora a hora se alternando, Entre suaves e revoltas, O corpo/barco chacoalhando. Somos nós nesse sentido, Barcos de carne a seguir, O caminho que escolhemos, Com compromissos a cumprir. Enquanto barco singramos, Sempre conforme conseguimos, Mas é no singrar a vida, Que vamos evoluindo. Pode se singrar a esmo, Como barco à deriva, Sem rumo e sem consciência, Perdido na própria vida. Estacionado em si mesmo, Teimando em remar sozinho, Contra o balanço da vida, Que sempre indica o caminho. A cada instante uma estrela, Um astro ou outro sinal, Se mostra ao navegante, Chamando-o a vencer o mal. O mal de singrar a esmo, Por oceano revolto, Sutilmente lhe indicando, O norte que leva ao porto. Mas cego, surdo e insensível, O navegante não vê, Insiste em singrar a esmo, Sozinho até perecer. Quando então

O PARTO

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O PARTO Ai, ai, ai! Como dói minha iscadeira! Essa minha cacunda cansada, de doer inda me mata! Maria Tomásia se levanta do rancho e manquejando e balbuciando lamentos se dirige ao rêgo d'água, pamode lavar os últimos pano que o menino tá chegando. Pelas dores que vem sentido e o tamanho do bucho, ela sabe pela experiência de outros sete partos, que sua hora não demora. Quando a noite cai e o céu de estrelas se decora, as dores chegam ao seu liminar e Maria Tomásia sabe que é hora da grande hora. Assim, entre uma contração e outra manda seu primogênito Pelágio ir à casa da vizinha, chamar dona Davina, parteira e comadre sua. Deveras,  acertado tudo já  estava, desde a semana passada, quando as dores primeiras de parir sutilmente já se anunciavam. Foi na reza de dona Davina, ela que era devota de Nossa Senhora do Livramento, enquanto amassava o "rosado e a brevidade", biscoitos caseiros à  base de goma de mandioca, que dona Davina não gostava de deixar faltar na

Caído

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No chão da vida me encontro, Remoendo todos os meus feitos, Soterrado em meio aos escombros, Desse mundo de seres imperfeitos; Dos amores que tive, que vivi, Das sementes que na vida plantei, Lindos frutos em filhas colhi, Muitos sonhos com lágrimas teguei; E o tempo menino apressado, Todo afoito a seguir o caminho, Devorou quinze anos calcados, A pés descalço com afeto e carinho; Fiz história, estorias contei, Eu rezei, eu cantei a pregar, Em aprender muito me empenhei, Para poder melhor servir e amar; Me fiz servo,  amigo e irmão, Me fiz ombro, coração e ouvidos Me doei, ofertei minhas mãos, Acolhendo o que tinha caído; Me fiz punho, me fiz braço e voz, Fui à luta e simplesmente lutei, Pouco a pouco fui deixado a sós, Justamente por quem eu lutei; Ressequido, sufocado e perdido, Vi raiar o louco sol da paixão, Que voraz devorou -me o juizo Destruindo o meu fio da razão; E nos olhos da mais bela flor, Pelo amor fui então encontrado, Sem tocá-

Soneto em Acróstico

F azer sua história, seguir seu caminho, E mpenhando-se em viver, vivo estando, L utar com amor, fazer tudo com carinho, I luminando-se, caindo ou se levantando. Z ombando dos males e perigos da jornada, A rmando-se de sorriso, amor e compaixão, N a certeza de que só o amor e mais nada, I lumina e vence, nossa sombra e escuridão. V ivendo é aprendiz, ensinando o que aprendeu, E nquanto inquieto e ávido procura transcender, R umo àquele, que de puro amor, um dia o teceu. S egue seus sonhos e os desejos do coração seu, Á vido do céu, segue se doando a se enternecer, R enascendo das trevas, para a luz  do amor Deus. I nspirado pelo amor segue vencendo a compreender, que no caminho é preciso, que se... O re, vigie e ame... Siga, sendo e aceitando o que se é, buscando ser, o ser que se sonha ser. Amando, amando, amando... E assim, pelo amor ir se transformando.

Quando Caímos

Aquiete-se e tenha fé, por acaso, acredite nada é, Cada um é aquilo que é, vivendo conforme  acredita, Cada um sofre as dores que na vida tem que viver, Suportando pela vida, o conjunto de suas desditas. Só quem sofre os tormentos e os espinhos das dores, Só quem suporta o peso que tem a sua pesada cruz, Sabe onde o sapato aperta, onde mora seus dissabores, Sente as trevas que insistentemente atenta contra sua luz. Por isso mesmo limite-se a amar e nunca se apresse em julgar, Se coloque no lugar do outro e tente suas dores entender, E verás que as vezes a loucura e a morte, nos parecem ser solução. E já cegos de medo e de dor, desistimos sem forças pra esperar, E então  não  suportando o fardo, sufocados de tanto sofrer, Desistimos de tudo e falidos caímos, suplicante pela compaixão.