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Mor…Gana

  Mor…Gana, me engana, me esgana Mor…Gana, sacana, sem grana Mor…Gana, me chama, me inflama Mor…Gana, bacana, na cama Mor… Gana,Me banha, na xana Mor…Gana, se derrama, se faz lama Mor…Gana, se faz lama, emana, aprisiona Mor…Gana, gana, grana, xana Inflama, sacana, bacana, me engana me engana, me engana… Mor…Gana!!!

LINGÜÍSTICA

A HISTÓRIA QUENTE E A HISTÓRIA FRIA, A FORÇA DO PRESENTE EM DETERMINAR O PASSADO E COMO A LINGUAGEM TRANSFORMA A FORMA DA MENSAGEM MAS NÃO DEFORMA O CONTEÚDO. VERSÃO FORMAL Quando nos propomos a pesquisar, A falar, a escrever, a narrar, Procuramos sempre algo para contar. Dizem os experts, os mais competentes, Que tem fala mais fraca e mais falha, Aquele que fala, da história quente. Quanto mais distante do seu objeto, Do acontecido, do fato pesquisado, Mais chances têm o historiador, De narrar melhor, o recorte estudado. Pois, quanto mais distante no tempo, Mais se torna fácil de ser interpretado, Mas, o objeto a ser estudado, Nunca se elege de modo casual, A subjetividade de um jeito camuflado, Sempre participa e influi ao final. A pergunta de sempre, insiste, Sempre ecoando dentro da memória, O que é e pra que serve essa tal história? É nesse momento que se pode ver, A voz da teoria dando o seu saber, Orientando a gente, dizendo como fazer, Dando a resposta conforme proceder. A his

CONTO: O DOUTOR, vidas que se cruzam.

Bom, tudo começou tão sorrateiramente, tão inusitadamente que até parece montagem literária! O dia era comum, sem qualquer pretensão de especialidade, aliás, muito pelo contrário, uma rotina tão comum que chegava a beira do enfadonhismo. Mas a viagem estava marcada era caso de saúde e não dava pra esperar, a agenda havia sido feita previamente e todos os detalhes do qual dependia a viagem estava dentro do limite da precaução e da providência, administrativamente elaborado, disposto, encaminhado. Bom, afinal Nina é uma acadêmica em reta final de graduação no curso de administração na UFG (Universidade Federal de Goiás)! Bem, pormenores e necessidades pessoais providenciadas documentos e demais assessórios em mãos o veiculo de transporte já colocado na frente da garagem e devidamente abastecido, aguardava apenas o desenrolar final para proceder à viagem até a cidade de formosa onde estava marcada a consulta. Chegaram por volta das nove da manhã, o estacionamento estava cheio, o que sinto

ELEITOR FICHA LIMPA

Eleições 2010 Vivemos numa democracia! Uma democracia de porcelana, democracia que custou muito caro à nossa brava gente, democracia que se fez de sonho, suor e sangue, de lágrimas, brados e tiros, de gente caindo no calor da batalha ou no caminho da vida, nas mais variadas das lidas, gente despertando e soerguendo-se a calcar posições e a dar sua participação no formatar dessa democracia. Uma democracia cara e frágil, frágil, tão frágil que ainda não dispõe de um nível de consciência que permita a nossa gente uma realidade mais justa e igualitária, inclusiva e diversa. Somos a democracia, dos direitos em construção e dos deveres impostos e sempre que possível, relegados. No entanto somos a melhor democracia que o capital pode comprar. Esse ano tem eleições “a festa da democracia” e o povo brasileiro ouve falar em candidatos ficha limpa, esse rumor que é brisa a anunciar uma nova estação excita os mais sonhadores que já convictos aguardam uma renovação política, uma reforma política, u

A BOCETA DE DONA FRANCISCA

Imbão! As vêiz eu me alembro duns cunticido de meus tempo de mulecote, que anté pego a rí d’eu memo. Ind’agorinha tava aculá de fuga, assuntano o gado rimueno, di coqui debaxo dum pé de barú erado que desde o tempo de vô Tôim qu’ele tá lá no memo lugázim. E o pensamento foi numa lunjura que credo im cruis! O causo cumeçô, foi o siguinti... A mochinha levou um supapo da maiada que chega tombô no meloso! Imbão, essa bestage de nada, feiz o pensamento ganhá o gerais e pequei o viagêro da mimória e conde vi tava lonnnnnge... Peguei a me alembrá d’eu mais cumpadi Afréu e um causo puxa ôtro e ansim me alembrei de dona Francisca do ribêrão. Muié que todo mundo gavava pela manêra dela levá a vida. Óia qu’ela era uma muié arrespeitada e memo véia cuma eu alembro dela, ela inda era um veiona prumada. Dona Francisca casô cum Mané Pinto e inviuvô cedo. Era o que o povo dessas bêra tudo contava. Diz que ela era moça pobre mais muito intiligente e trabaiadêra e o Mané se apaxonô pela moça e cabô cas

Democráticos

Nossa gente é o penhor De uma dívida sem igual Que nos faz ser escravos Em nossa terra natal A miséria e o sofrer Dominam o dia-a-dia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia? Já venderam nossa luta Nossos sonhos, nossos filhos E a nossa pátria amada É feita de maltrapilhos Mas tudo está indo bem Por isso o povo faz folia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia ? Mataram o pai dos pobres E o tacharam suicida E a vilã corrupção Desfila nas avenidas Agora matam os pobres Numa constante guerra fria Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia? Todo mundo se uniu Para lutar pelo povão Descobriram uma saída Com a globalização E pra torná-la “real” Eles lutam com euforia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da democracia ? Com um texto decorado E o branco colarinho Dizem estar interessados E até usam de carinho Mas por trás da bela máscara É absurda a hipocrisia Que seria dessa gente Se aqui fosse ausente A tal da

O Ninho

Velho ninho que em outrora Servia de habitação Acolhendo os passarinhos Em busca de proteção Já foi visto e admirado Serviu de inspiração Hoje jaz adormecido Repousando neste chão. Suas glórias já passaram Hoje restam só saudades Mas a tinta e o pincel Lhe deram eternidade Não foi obra do acaso Ou tampouco do destino Foi João teu nobre irmão Artista, doce menino. O ipê ainda chora Sentindo saudade sua Solitário é consolado Pelo sol e pela lua Quem te viu não te esquece Quem não viu muito perdeu Que beleza, quanto encanto A natureza lhe deu.