HAIMBAUNT Imagem coletada no banco de Imagens do Google. A Procura Ao longo de seu breve existir ele caminhou por entre os homens, em grande solidão e quietude, veiculando-se com modéstia e introspecção. Agia com naturalidade, herdeiro das tradições dos homens e filho da humanidade, em tudo era humano, contudo, algo o chamava a ser diferente, algo o chamava a ir além e esse chamado acabava por dar-lhe um matiz diferente da dos demais homens, dos quais era coevo. Ele procurava e havia aquela voz que o chamava. Era uma voz cotidianamente assonora e quando dormia, essa voz lá estava, sempre sem som, apenas uma voz intuída que, lhe dizia muitas coisas. As coisas que esta voz lhe dizia, eram quase sempre inefáveis, incognoscíveis, produziam nele um sentido, sustentavam nele a sua busca, mas estavam além de sua capacidade de cognição, sendo indecifráveis ao intelecto, muito embora, misteriosamente se amalgamassem em sua débil razão, produzindo lhe sentidos e mantendo-o em continua busca
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Aos amigos que nunca tive Sonhei com um rio, pequeno, tímido e perene, Era o Rio da minha vida. Eu estava deitado sobre seu leito, Metade do meu corpo, a metade inferior, Das costas até os pés estavam dentro do rio. A metade superior, da metade das costas até a cabeça, estava fora do rio, fora do seu leito, A repousar em suas pedras e areias. E estar assim era bom! Então uma voz silenciosa ecoou a me ensinar coisas... Verdades tão eternas, marcadas por subjetivismo, que me faziam todo sentido... Então acordei. Lúcido e grato eu acordei! No espelho me olhei e sorri ao constatar, Meu menino havia passado! Aquele que eu via ali refletido, era o mesmo, porém outro. Marcas da temporalidade decoravam-lhe: os cabelos, a fronte, o corpo e a mente, Matizando seu modo de agir, de falar, de pensar e de sentir... Pensei no percurso e por um instante vislumbrei o caminho... Ato a ato, passo a passo, vi coisas, senti cheiros, revi rostos, lembrei nomes e percebi algo interessante, Não havia vazio
Todos os beijos de que preciso
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Há muitas belezas no mundo, Resquícios do paraíso, Corpos, pele, olhos, lábios, Toque, cheiros e sorrisos. Há belezas joviais, Por vezes, mesmo pueris, Há belezas naturais, Agressivas e gentis, Há belezas artificiais, Fabricadas por ardis, Silicone, cirurgias, Mágicas de bisturis. Há belezas que arrebatam, E outras, leves e sutís, Porém, dentre todas elas, Sem equívoco ou medo eu digo, Foste tu beleza excelsa, Que sem afetaçães ou excessos, Com sua devoção confessa, E encantos desmedidos. Que venceu minhas Ilusões, Desnudou meu coração, E sem mais enrolações, Ofertou-se inteira à mim, Recebendo-me por inteiro, Sem notar risco ou perigo, E nesse caminho de amantes, Somos cúmplices e praticantes, Da arte sublime de amar... Assim, sei o que sou, Sob a luz do teu olhar, Que me erige todo inteiro, Sob o toque de tuas mãos, Tudo arde de paixão, No seu coração brejeiro, Eu sei bem do que preciso, E onde é que estão, Os beijos que necessito: Na tua boca bonita, No teu corpo que me e