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Somos Goiás

Somos Gê Somos Gente Fruto e semente desse chão gerais O sangue e o fogo No brilho do olho Do negro fugídio e do capataz Somos o encontro do velho e o novo Gerando esse povo  mestiço de cá Vila Boa de Anhanguera Em passos bandeiras Ao som do trotar Estradas dos Guayazes Onde o diabo velho com sua astúcia principia e faz Sobre um rio inteiro se vê Meiaponte Pra ser muito mais Sertanias goianas onde sonho e suor Se misturam na terra Batendo batéia, nutrindo quiméras, parindo arraiais Onde o Rio Vermelho e a Serra Dourada Escondem tesouros Que em lombo de tropas e carros de boi Mundo a fora se vão atiçando a cobiça e Levando noticias do nosso sertão Nós somos jagunçada senhores de fazendas Meeiros e  agregados sobre o mesmo chão Somos o encontro do santo e o profano Gerando no peito mil contradições Nós somos tudo isso Meio índio e mestiço Com tudo que  ao passo do tempo se faz Coração brasileiro somos o encanto Que o mundo inteiro conhece e quer mais

Peregrinos do Cotidiano

Nas horas mais tensas e intensas A vida se esvai no desvanecer dos segundos Enquanto que absortos morremos Sem vida dar a vida que temos Assim estressamo-nos e adoentamo-nos Num frenético passar de dias Que doentio apodrece-nos E gera mágoas e dores Mas, os dias são maus As feridas doem O pranto não seca E mesmo sem uma razão clara Proseguimos nossa peregrinação Nas dores do oratório No opróbrio do cotidiano Onde discimulamos medos e traumas Mascaramos risos e sonhos Ocultamo-nos no teatro dos vícios sociais, Acreditando que o amanhã Será melhor... Que somos vítimas Que tudo não passa de um sonho Ou pesadelo... Assim seguimos...

Qualquer Coisa!

Hoje quero qualquer coisa! Me cansei de ser esse ser sem razão de ser... Escravo de minha condição cultural, social... Quero qualquer coisa que me faça sentir me menos, menos menos e mais mais! Qualquer coisa que me ajude a sorrir sem esperar nada em troca... Qualquer coisa que me ajude a receber um sorriso, sem a obrigação de retribuí-lo, ou de pagá-lo de qualquer outra forma... Qualquer coisa que me ajude a ver sentido nas coisas cotidianas, nesse mundo, em mim... Qualquer coisa que me traga você e me revele-me a mim mesmo, sem acessórios, sem mediações.. E se esse papo já está qualquer coisas... Deixe que o tempo abraçe o sol e a noite traga suas dores... Pois os dias são sempre iguais!!!

Mor…Gana

  Mor…Gana, me engana, me esgana Mor…Gana, sacana, sem grana Mor…Gana, me chama, me inflama Mor…Gana, bacana, na cama Mor… Gana,Me banha, na xana Mor…Gana, se derrama, se faz lama Mor…Gana, se faz lama, emana, aprisiona Mor…Gana, gana, grana, xana Inflama, sacana, bacana, me engana me engana, me engana… Mor…Gana!!!

LINGÜÍSTICA

A HISTÓRIA QUENTE E A HISTÓRIA FRIA, A FORÇA DO PRESENTE EM DETERMINAR O PASSADO E COMO A LINGUAGEM TRANSFORMA A FORMA DA MENSAGEM MAS NÃO DEFORMA O CONTEÚDO. VERSÃO FORMAL Quando nos propomos a pesquisar, A falar, a escrever, a narrar, Procuramos sempre algo para contar. Dizem os experts, os mais competentes, Que tem fala mais fraca e mais falha, Aquele que fala, da história quente. Quanto mais distante do seu objeto, Do acontecido, do fato pesquisado, Mais chances têm o historiador, De narrar melhor, o recorte estudado. Pois, quanto mais distante no tempo, Mais se torna fácil de ser interpretado, Mas, o objeto a ser estudado, Nunca se elege de modo casual, A subjetividade de um jeito camuflado, Sempre participa e influi ao final. A pergunta de sempre, insiste, Sempre ecoando dentro da memória, O que é e pra que serve essa tal história? É nesse momento que se pode ver, A voz da teoria dando o seu saber, Orientando a gente, dizendo como fazer, Dando a resposta conforme proceder. A his

CONTO: O DOUTOR, vidas que se cruzam.

Bom, tudo começou tão sorrateiramente, tão inusitadamente que até parece montagem literária! O dia era comum, sem qualquer pretensão de especialidade, aliás, muito pelo contrário, uma rotina tão comum que chegava a beira do enfadonhismo. Mas a viagem estava marcada era caso de saúde e não dava pra esperar, a agenda havia sido feita previamente e todos os detalhes do qual dependia a viagem estava dentro do limite da precaução e da providência, administrativamente elaborado, disposto, encaminhado. Bom, afinal Nina é uma acadêmica em reta final de graduação no curso de administração na UFG (Universidade Federal de Goiás)! Bem, pormenores e necessidades pessoais providenciadas documentos e demais assessórios em mãos o veiculo de transporte já colocado na frente da garagem e devidamente abastecido, aguardava apenas o desenrolar final para proceder à viagem até a cidade de formosa onde estava marcada a consulta. Chegaram por volta das nove da manhã, o estacionamento estava cheio, o que sinto

ELEITOR FICHA LIMPA

Eleições 2010 Vivemos numa democracia! Uma democracia de porcelana, democracia que custou muito caro à nossa brava gente, democracia que se fez de sonho, suor e sangue, de lágrimas, brados e tiros, de gente caindo no calor da batalha ou no caminho da vida, nas mais variadas das lidas, gente despertando e soerguendo-se a calcar posições e a dar sua participação no formatar dessa democracia. Uma democracia cara e frágil, frágil, tão frágil que ainda não dispõe de um nível de consciência que permita a nossa gente uma realidade mais justa e igualitária, inclusiva e diversa. Somos a democracia, dos direitos em construção e dos deveres impostos e sempre que possível, relegados. No entanto somos a melhor democracia que o capital pode comprar. Esse ano tem eleições “a festa da democracia” e o povo brasileiro ouve falar em candidatos ficha limpa, esse rumor que é brisa a anunciar uma nova estação excita os mais sonhadores que já convictos aguardam uma renovação política, uma reforma política, u