BELPHEGOR DO ARCAICO A TEMPO PRESENTE
Google Imagens A velha desdentada e suja arrasta-se com dificuldade pelas ruelas fétidas daquele lugar. O silêncio domina a noite fria e somente ora ou outra algum gemido distante perturba o ambiente, concorrendo com o ecoar de esparsas e longínquas vozes a tilintar pela penumbrada cidadela de Moabe. Em sua cabeça uma voz insistente ecoa em um refrão ininterrupto. ... Joene, Joene, Joene... Ela se ri e meneia a cabeça num bailado esquisito. Um clarão se faz e lá está ela, jovem e bela a bailar em um longo e branco vertido de seda. Uma seda tão fina, que só os Assírios sabiam produzir com tamanha alvura. O sangue do sacrifício derrama-se no altar de Belphegor e ela se rejubila ao som das cítaras e das harpas que entoam cantos e levam a assembleia ébria e possessa a adorar o deus dos moabitas num grande festim, de invejável idolatria. Joene é a bela moabita responsável pelo festim. Joene está em festa a Belphegor, pedindo uma resposta, uma estratégia para seduzi